31 julho 2013

CORPOEMAPROCESSO / TEATRO DESESSÊNCIA - Corpus videográfico do OBJETO/TESE




Vídeo editado a partir do corpus videográfico da tese de doutorado "corpoemaprocesso / teatro desessência": Vídeoatoprocesso I - corpoemaprocesso; Vídeoatoprocesso II - La folie du jour; Videoatoprocesso III - Pour en finir avec le jugement de dieu; Videoatoprocesso IV - objeto/tese em execução. Com imagens de Rosana Cacciatore e Matilde Haas. Performance, fotografia, som, edição: Clarissa Alcantara
A edição deste vídeo foi realizada para o lançamento do livro "Corpoemaprocesso / Teatro Desessência" (Editora CRV, 2011), no Rio de Janeiro (Livraria Arlequim), 09 de abril de 2013, em colaboração com Eloisa Brantes, para a performance do Coletivo Líquida Ação, realizada na Praça XV.
A trilha sonora utilizada neste vídeo são batuques de Irôko, orixá da nação Ketu, cujo nome é de uma árvore sagrada africana. Uma referência a performance do Líquida Ação, onde foram amarrados quatros longos tecidos brancos entre duas grandes árvores (reportando, sem intencionalidade, a imagem de Irôko: pano branco amarrado a uma árvore).


06 agosto 2012

Clarissa Alcantara: Lançamento do livro CORPOEMAPROCESSO / TEATRO DESESSÊNCIA


http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3521

Lançamento do livro CORPOEMAPROCESSO / TEATRO DESESSÊNCIA



Neste corpo físico feito em pedaços, há um corpo unido, como o corpo sem órgãos que se expressa em Artaud – autônomo e anônimo ele se dá um pseudônimo suspenso num paradoxo indissolúvel. Artaud, Blanchot e Bataille definem-se como peças-chave de um grande jogo tecido em rede-rizoma; Deleuze e Derrida estão também aí multiplicados, eles fazem parte da leitura física desse corpoescritura, unido e despedaçado, simbólico e alegórico, orgânico, múltiplo e disperso, que a práxis/teórica desta tese executa na investigação dos espaços da experiência da performance. O discurso acadêmico produzido pela pesquisa e o suporte formal que o recebe estão, aí, radicalmente afetados. A tese, impressa em 19m de tecido, versão primeira composta por quatro volumes separados em rolos, é ilegível. Foram apresentadas, então, dez outras versões em papel, com os quatro livros amarrados em cruz a um pedaço de couro – condição física para que o corpoemaprocesso possa ser lido à luz do dia.
Agora editado pela Editora CRV numa caixa com quatro volumes, estreito e expandido a um só tempo - em pleno sol do meio-dia.

Aqui você o adquire:

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10 agosto 2011

Livro CORPOALÍNGUA: performance e esquizoanálise




Nascer do esquecimento é uma operação, o modus filosofante de um teatro desessência, uma filosofia que só pode funcionar no acontecimento.
Filosofia do desejo. (...)
Experimentar agenciamentos: ‘‘procurem agenciamentos que lhes convenham’’; é o que sai da voz plácida e rouca de Deleuze fazendo tremer muitos corpos. São quatro dimensões, quatro componentes de agenciamento por onde corre o desejo. Eis a ‘‘alegria prática do diverso’’, único motivo para filosofar, e isto funciona, como funciona! Mas será que pode funcionar como quando se brinca no briquitar da bricolagem? O mesmo que dizer: para passar o tempo, entreter, distrair, discutir, brigar, trabalhar pesado, pelejar, exigindo ocupar-se com rigor de pequenas coisas e, ainda, ficar pensativo, preocupado, cismado, traçando diretrizes, arquitetando, pensando demoradamente sobre um trabalho, um fazer intermitente; bricolar, num movimento de ir e vir de uma arte de inventar, de fabricar algo que, na prática, forma aí seu conceito. Assim mesmo é que
filosofia e teatro se atravessam maravilhosamente, e, transversos, riscam a linha por onde vai escapar esse teatro desessência, produzido em semiótica mista, à resistência de corpos que não aguentam mais.

Editora CRV

http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3263

23 julho 2009

N3Ps publicado em rede‏

De: Clarissa Alcantara (clarissaalcantara@hotmail.com)
Enviada: quinta-feira, 9 de julho de 2009 21:45:55
Para: mari_zippinotti@hotmail.com; nikonosop@hotmail.com; matheus_silva84@yahoo.com.br; clovpalco@yahoo.com.br

passo horas sem saber como o tempo ainda gira. espaços um em cima do outro, na transparência do dia. aí estamos, hipermidiados!

09 julho 2009

CORPOALÍNGUA: PERFORMANCE E ESQUIZOANÁLISE

POS-DOUTORADO 2009

Prog Estudos de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, PUC/SP, Núcleo de Estudos da Subjetividade, com supervisão de Peter Pál Pelbart e auxílio da FAPESP.

Teatro, filosofia, literatura, psicanálise são campos intercessores e emergentes a essa prática artística inaugurada em 1988 que se executa, hoje, como uma vivência performática no campo da arte da performance – objeto de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado com o título teatro desessência / corpoemaprocesso. A natureza processual dessa experiência de pesquisa produz esse continuum com limites móveis e sempre deslocados. O presente projeto dirige-se ao estudo aprofundado do pensamento de Gilles Deleuze e Félix Guattari, cercando, principalmente, a idéia de corpo sem órgãos, termo apropriado de Antonin Artaud, e de esquizoanálise – análise simultânea das máquinas desejantes e dos seus investimentos sociais – inserida como parte operacional do fazer artístico. Estas noções transitam na práxis-teórica da experiência performática do teatro desessência: experiência do puro vivido que inscreve o corpo numa lógica das multiplicidades, fusão de relações em constante variação no exercício do viver em intensidade. CORPOALÍNGUA: PERFORMANCE E ESQUIZOANÁLISE é um experimento performático do aqui-agora, de onde o corpo nasce do esquecimento, pondo por terra seu discurso orgânico normativo, sócio-comunicativo dominante e a atividade de seu pensamento que só sabe agir como um Outro. No espaço, um corpoescritura inscreve uma fala subterrânea e rizomática, impelindo a linguagem ao seu ponto de suspensão, ao desconhecido – o fora da linguagem. No enlace e desenlace da língua e do desejo, balbucia alíngua no imanente ato criador, pensamento da carne em pleno acontecimento artístico coletivo.

Performance e esquizoanálise são intercessoras de uma atividade criadora, descentrada e deslocada dos domínios constituídos. Não há nada para superar ou renunciar, trata-se de operar em uma zona mais profunda, pondo em marcha a produção desejante sobre o corpo sem órgãos e experimentar a fundo "a partir das forças do presente".


CORPOALÍNGUA 4 X 4
Clóvis Domingos, Matheus Silva, Nicolas Corres Lopes, Clarissa Alcantara
V Semana de Artes da UFOP, Ouro Preto, maio de 2009
Videoatoprocesso, Arte gráfica e edição de imagem: Clarissa Alcantara
Imagens em vídeo do evento: Mariana Zippinotti

n3ps

Nicolas Corres. Clóvis Domingos. Edson Duarte. Matheus Silva


Edson Costa Duarte, Lírica Impura III, 1. Ed, Rio de Janeiro: CBJE, 2008.


“Cada uma das palavras de que se faz um drama, uma vez lançadas no tabuleiro de Deleuze, rodopiam e ganham um novo sentido ou evaporam alegremente em favor daquilo que pedia passagem e que cabe à filosofia experimentar a partir das forças do presente.


Peter Pál Pelbart. Gilles, tu nous manques, mais on se débrouille, 2005.

15 novembro 2008

ARTES CÊNICAS - UFOP



ouro preto, 03 de julho de 2008. escola de minas, interpretação III - o ator como performer

vídeoatoprocesso / sala 18 - sejamos cúmplices
[inspirado em "CARTAS PARA O NUNCA" de Edson Costa Duarte]



10 outubro 2007

UFOP. OURO PRETO. MINAS GERAIS



17 horas e 15 minutos. 25 de maio de 2007. sala 35
Interpretação
V

doVAZIOedoPLENO
clóvis
paola e matheus
matheus e rodrigo
patrícia
o vazio esvaziado de vazio é o pleno


"Não há nada para entender, trata-se de algo para fazer" Gilles Deleuze


12 março 2007

PÓS-DOC / 2005-2006

corpoemaprocesso/teatrodesessência:
experiência performática em ciberespaço




A pesquisa é, antes de tudo, um processo, o processo de uma experiência (considerando o rigor necessário ao uso desta palavra). Esta determinada experiência carrega em si um movimento permanente, mas necessariamente descontínuo, nitidamente delimitado, de relações multiplicáveis em campos diversos, onde princípio e fim são pontos sempre em recuo. Observa-se que, conforme a linha por onde transita o sujeito da pesquisa, tal processo irrompe com o objeto em seu avesso, e o que está justamente posto à luz da questão é o obscuro malabarismo da relação sujeito/objeto dando consistência à interioridade insólita da experiência de pesquisa. Sob a instância da exterioridade extrema das operações lógicas, a pesquisa é atingida por uma exigência específica: a de expandir e consolidar o desconhecido do espaço interior, a problemática da interioridade, na experiência do ciberespaço.
Esta pesquisa implica uma leitura de processo, cuja operação vem sendo investigada desde minha graduação em Filosofia, estendendo-se de forma mais precisa no Mestrado em Teoria Literária e, consequentemente, de modo mais decisivo, no Doutorado com a tese corpoemaprocesso / teatrodesessência. Filosofia e Literatura costuram-se aí às fibras de um tecido exposto ao avesso, a um texto transverso: trata-se da escritura muscular de um corpo próprio sempre em metamorfose, sendo ele mesmo a linguagem, sendo ele mesmo o discurso e o suporte de leitura ao labiríntico pensamento contemporâneo. A linguagem, ela mesma processo de invenção do conhecimento, quando transpassada pela experiência física, particular, subjetiva de um corpo próprio, é tomada como um objeto visível e tátil em seu contorno, mas cujo interior é de natureza evidentemente desconhecida. Disto, resulta a relação de sujeito/objeto como possibilidade que se cria para além do conhecido, excedendo o limite, o possível do conhecimento, à experiência que se oferece fora da linguagem, considerando que “ir ao término”, como diz Georges Bataille, “significa pelo menos isto: que o limite, que é o conhecimento como fim, seja ultrapassado”.


1. Corpo e Labirinto




  • Define-se o traço gráfico que o objeto/tese apresentará no espaço eletrônico. A exploração do desejo aparece como possível função à arquitetura do sistema interativo. Avançar, errar, voltar, retornar, movimentos que requerem o abandonar-se à magia do desvio. A regra (ou a possibilidade maior) é o perder-se no ato de explorar ao máximo as encruzilhadas. Não é possível desejar, sem fazer uma experimentação inevitável, feita no momento em que se começa.


2. Performance: teatrodesessência: o possível [n]do limbo

  • Limbo: orla, borda, rebordo, lugar para o esquecimento, de onde é impossível recuperar o trajeto. Retornar é girar em torno do diferente. Tem-se apenas o contorno luminoso, aonde o traçado vai sendo tecido no momento da navegação. O viajante poderá registrar as posições alcançadas, mas não necessariamente na ordem sucessiva, e uma outra escritura vai sendo criada à margem, à extremidade da superfície: um produto de funcionamento imediato. Estar em disponibilidade de poema: assim executa-se a performance do teatrodesessência, o ato/processo, o videoatoprocesso, assim dá-se a experiência do corpoemaprocesso em ciberespaço.

3. Corpoemaprocesso: corpobjeto/virtual, fragmento de si mesmo.


  • Corpobjeto/virtual: o que tem possibilidade de se realizar, o que pode se atualizar. O corpoemaprocesso é uma atualização/criação em ato/processo que estabelece relação com a impossiblidade do imediato. No ato, a presença do corpo alimenta sua ausência potencial, o virtual, fragmento de si mesmo, solto do aqui e agora e presente em cada uma de suas versões.

30 novembro 2006

DOUTORADO / 2001-2005

objeto/tese
teatrodesessência/corpoemaprocesso





versão 1a. do objeto/tese
impressão digital em tecido: quatro rolos de tiras de 40 cm de largura e 16m de comprimento





versão 2a. do objeto/tese
couro e papel, diâmetro 1m2., quatro livros fixos às hastes, impressos em papel casca de ovo, páginas dobradas em sanfona amarradas com tiras de couro.











realizado para qualificação de tese em 23 de outubro de 2003
corpovídeografia do objeto/tese.
imagem: Rosana Cacciatore
edição: Clarissa




texto de Maurice Blanchot
realizado em Paris, fevereiro de 2004.
imagem: Rosana Cacciatore
fotografia e edição: Clarissa



texto de Antonin Artaud
realizado em Paris entre maio e junho de 2005
com Silvain Tanguerel
imagem e edição: Clarissa



imagem: Matilde Haa

TEATRODESSÊNCIA/CORPOEMAPROCESSO

http://www.tede.ufsc.br/teses/PLIT0240.pdf


29 novembro 2006

Ato/processo ii rito i







dezembro de 2002, no sobrado amarelo do Pântano do Sul, Florianópolis.

Participaram deste ato/processo: Marina Moros (vídeoatuação), Nena Melo (atuação), Elen (atuação), Hugo (experimentação sonora, com guitarra e instrumentos de sopro e percussão) e Sandra Alves (fotoatuação).

O ato/processo ii rito i utilizou como objeto matriz cascas de ovos espalhadas pelo espaço. Recebe a denominação de rito, pelo fato de tornar o espaço cotidiano, de residência, um espaço de cerimônia de passagem à vivência performática: experiência de arrebatamento, êxtase corporal. O ovo vazio é, não só objeto simbólico marcando o oco do princípio e fim, mas também objeto físico a ser devorado, o próprio corpo.

“O ovo é uma exteriorização”, diz Clarice Lispector em “O ovo e a galinha”. “Ter uma casca é dar-se – o ovo desnuda (...) – Quem se aprofunda num ovo, quem vê mais do que a superfície do ovo, está querendo outra coisa: está com fome.”

Este ato/processo se fez como investigação para As últimas sonatas XX em primitivus quadrus quatru – uma lenda, peça teatral escrita em 1996 e que dá prosseguimento des-contínuo à pesquisa do corpoemaprocesso, estando no limiar e excedendo o limite, entre as margens da margem da tese.


fotografia sandra alves